[MÚSICA] Olá. Vamos falar nesse módulo da evolução conceitual da liderança. É muito importante a gente perceber como é que esse conceito evoluiu ao longo do tempo e onde nós estamos nesse momento. O que nós queremos ao final desse módulo é que você consiga aprimorar o seu papel como lÃder, melhorar o relacionamento com a sua equipe e pessoalmente assumir uma postura de liderança mais contemporânea. Falando da evolução do conceito, é importante nós percebermos que o primeiro conceito, a primeira onda, ela foi bastante intuitiva, nós chamamos de teoria dos traços. Havia uma crença que determinadas caracterÃsticas nas pessoas faziam com que ela tivesse mais facilidade para assumir a posição de liderança. Procurou-se identificar traços fÃsicos, traços intelectuais, traços comportamentais que de alguma forma iriam definindo a liderança. Me lembro quando eu era garoto, nós estudávamos uma escola pública e o diretor da escola todo começo de ano ele pedia para todo mundo ficar de pé e daà escolhia o aluno mais alto e falava "olha, você é o monitor da turma". Então o critério ali era a altura do aluno, o mais alto então ficava como monitor da classe. Então só estou dizendo que essa teoria dos traços ela é bastante intuitiva e por conta disso, durante muito tempo se acreditou que a pessoa ela nascia predestinada então para a liderança função dela possuir essas caracterÃsticas. Então ela naturalmente iria se conduzir para posições de liderança qualquer campo, no aspecto social, familiar, organizacional. Mas claro que essa teoria ela não se sustenta ao longo do tempo, porque vai se verificando que embora seja algo intuitivo, vai surgindo toda uma linha pensando que na verdade a liderança é uma construção social. Você vai vivenciando a situação de liderança e isso vai te desenvolvendo e você é conjunto de habilidades que faz com que você transite mais a vontade condições de liderança. Então também se foi na linha de que eventualmente pessoas com determinadas caracterÃsticas elas tivessem mais oportunidades sociais de exercitar a liderança, reforçando de alguma forma a ideia dos traços, já que você ter uma pessoa com jeitão de lider dentro desses parâmetros sociais e daà essa pessoa então ela tem mais oportunidades de exercitar esse papel socialmente. O que nós vemos hoje é que na verdade é misto, é misto de realmente caracterÃsticas que a pessoa tem e de oportunidades sociais de exercÃcio desse papel de liderança. Mas vamos dizer que essa teoria termos pragmáticos dentro da administração de empresas ela não tinha, não trazia, grandes elementos. Então a partir da década de 50 vai surgindo toda uma linha de análise mais comportamental sobre a liderança, tentando analisar comportamentos do lÃder que são mais efetivos dentro da organização. E toda a discussão era assim, o quanto que isso poderia ser ensinado, o quanto que isso poderia ser trabalhado. E aà vai surgindo toda uma linha de pesquisa e de consultoria também, de desenvolvimento, de preparação da liderança para as organizações. E essa teoria comportamental ela ganha muita força na década de 50, na década de 60. Então nós temos assim que talvez como ápice desse movimento o chamado Grid Gerencial, onde o foco do lÃder, se o lÃder está mais focado na tarefa, fazer o trabalho a qualquer custo, a qualquer preço, ou se ele está muito focado nas pessoas e à s vezes abandonando o foco na tarefa. E o que eles vão desenvolvendo é a ideia de que o lÃder ele tem que ter esses dois focos. De lado ele tem que conseguir desenvolver o seu trabalho, mas extremamente preocupado com as pessoas, quer dizer, mobilizando o time, ajudando o time a crescer, a se desenvolver, a desenvolver esse tipo de trabalho. Então a gente vai vendo a partir dessas teorias todo trabalho de desenvolvimento, de preparação, de tomada de consciência, vamos dizer, do lÃder relação ao seu papel. Então esse é movimento que ele é muito importante na história da formação de lÃderes. Já na década de 60, 70, a gente vai vendo uma teoria que vem da motivação, vem para a liderança, que a gente chama de caminho objetivo. E esse movimento ele teve dois desdobramentos. Desdobramento, que é muito importante até hoje é a chamada liderança situacional. O que esses teóricos vão dizendo? Que você tem que dosar o seu estilo função do time que você tem e das pessoas que você tem no time. Então eles vão dizendo assim, se você tem uma pessoa verde, uma pessoa que ainda precisa se desenvolver, essa pessoa ela precisa de muita orientação. Na medida que você tem uma pessoa mais madura, é uma pessoa que quer mais liberdade, que ela quer ter mais espaço para se desenvolver. Então a ideia é que você vá calibrando o seu estilo, a sua forma de abordagem função da maturidade dos membros da sua equipe. Claro que se você tem uma pessoa madura, que você dá autonomia, mas vamos ver, você coloca ela num novo desafio, você coloca ela numa situação de maior complexidade, naquela situação você vai ter que ser pouco mais diretivo. E a outra linha é a liderança contingencial, onde ela diz o seguinte, que o seu estilo vai depender, é claro, da equipe, vai depender também do seu jeitão, mas também da cultura organizacional, do momento da tarefa. Essas abordagens elas foram muito importantes, mas com ambiente mais competitivo, mais volátil a partir dos anos 80, esse movimento ele começou a perder força e vão surgindo novos movimentos. Abraço. [MÚSICA]