[MÚSICA] Introdução à Estratégia Empresarial. Vamos começar essa aula para fazer Hax and Majluf que disseram assim: "O conteúdo e o processo da Estratégia são duas faces de uma mesma moeda". Todavia, no campo de modelos, para facilitar o entendimento, os modelos são organizados modelos de processos estratégicos e modelos de conteúdo da estratégia. O processo estratégico nas organizações basicamente se origina a partir de uma estante de formulação estratégia, ou seja, quando a fórmula da estratégia é definida. Ou seja, o seu conteúdo. Para depois, uma implantação da estratégia e aí, então, controle. Aqui, hoje, nessa aula, nós vamos focar no conteúdo estratégico, fórmula da estratégia. Ao final desse módulo, você vai estar conhecendo plenamente a visão de planejamento de estratégico, além dos principais conceitos de estratégia empresarial. Abordando a questão de conteúdo de estratégia, ressaltamos aquilo que é de interesse para a estratégia empresarial. Estratégia empresarial se preocupa com tudo aquilo que pode explicar a diferença de desempenho entre as organizações, entre as empresas. De tal maneira que a partir desse conhecimento possamos desenvolver uma estratégia para uma determinada empresa. E de maneira geral, nós podemos classificar esses modelos de estratégia como modelos que buscam explicar desempenho superior a partir dos fatores externos da organização; e modelos que procuram explicar desempenho superior a partir dos aspectos internos da organização. Comecemos pelos modelos que abordam os aspectos externos. Nós vamos falar do modelo 'Pestel', da análise 'SWOT', da análise da indústria, da análise de stakeholders e da análise com base da Teoria dos Jogos. O modelo 'Pestel', dos primeiros que surgiu, focava classificar o ambiente nas suas macro dimensões, os aspectos macro ambientais, políticos, econômicos, sociais, tecnológicos, legais. De tal sorte que fique mais fácil entender esse complexo ambiente como cada uma dessas variáveis influencia a organização para, então, preparar-se, elaborar-se, uma estratégia que seja eficiente função da influência do ambiente. Avançando, surgiu a análise SWOT, referência principal. Ansoff organizando, ainda, o ambiente e os aspectos internos: forças e fraquezas nas organizações. Com o propósito que as empresas possam, então, encontrar melhores formas de se aproveitar oportunidades, evitar ameaças. Até hoje a análise SWOT é muito empregada. Mas essa visão passiva da empresa sofrendo influências rompeu-se quando surgiu, então, o modelo de análise de stakeholders. Modelo mais dinâmico. Modelo que já entendia que as organizações interagem com os seus ambientes, com os seus agentes do ambiente, com os seus stakeholders. O desempenho da empresa não depende só dela, mas depende também de como vão agir. Os seus funcionários, os seus fornecedores, os seus compradores. Considerar qual é o interesse dessas partes interessadas. Considerar como eles influenciam a organização e como reagem à proposta estratégica da organização, é objeto dessa visão de stakeholders. E a avaliação do ambiente externo foi evoluindo. Chegamos, por exemplo, ao modelo de análise da indústria. Referência principal, Análise estratégica, o modelo de 5 forças de Porter. Então, sistematizando como se organiza a indústria, as forças de fornecedores, de compradores, da interações dos concorrentes, de substitutos, de novos entrantes, é possível a empresa buscar posicionamento estratégico, uma posição interessante relação às forças do ambiente. E avançando, chegamos então, com base na Teoria dos Jogos, novos modelos. O modelo, por exemplo, da rede de valor. Modelo de competição que mostra que as empresas estão permanentemente competindo jogos de competição e também cooperando jogos de cooperação. A importância dos complementares. Modelo que permite o entendimento da interação com fornecedores, compradores, concorrentes, complementares, identificando os respectivos jogos, e, a partir daí, a elaboração da sua proposta estratégica. Muito bem, agora abordando os fatores internos, ou seja, os modelos que focam nos aspectos internos das organizações que iremos falar de estratégia e estrutura; alinhamento estratégico; competências essenciais; visão baseada recursos; e competências dinâmicas. O início se deu com a idéia de estratégia e estrutura, trabalho de Chandler. Esse trabalho depois evoluiu e chegamos aos trabalhos de Rumelt. Basicamente, o que é essa proposta? Chandler mostrou que a estratégia da empresa liderava a estrutura da organização; ou seja, a estrutura seguia a estratégia e à medida que a estrutura estava alinhada à estratégia, a empresa tinha desempenho superior. Rumelt depois, estatisticamente, empiricamente, comprovou essa tese de Chandler. Então, uma idéia de que a estrutura deve estar alinhada à estratégia para melhor desempenho. E hoje sabemos que não só a estrutura deve estar alinhada, mas, também, os aspectos tecnológicos, os aspectos culturais, de uma organização. Sequência, tivemos a proposta de competências essenciais, principal referência, Prahalad. Hamel e Prahalad trabalharam nessa idéia de competências essenciais, ou seja, aquilo que está dentro da empresa é que vai propor desempenho superior. E o trabalho de Hamel e de Prahalad depois foi aprofundado no modelo da visão baseada recursos, ou RBV. Modelo que enxerga as empresas como conjunto de recursos. Recursos que são ativos, tangíveis, intangíveis e recursos mais avançados, que são as competências. E o desempenho das empresas é função desses recursos. A empresa que tiver os melhores recursos e mais bem organizados para a sua estratégia é aquela que terá desempenho superior. E viemos avançando. Chegamos ao modelo de capacidades dinâmicas proposto por Teece, falando, olha: "Se é importante termos as competências, todavia, as competências precisam ser robustas para se renovarem no tempo função da dinâmica que é o ambiente competitivo contemporâneo. A busca de competências que sejam sustentáveis, dinâmicas, é o que interessa. Dessa forma, vimos aqui o conjunto das principais ferramentas, dos principais modelos de estratégia de aspectos externos e de aspectos internos. [MÚSICA]