[MÚSICA] Olá pessoal. Sejam bem-vindos ao módulo quatro, onde a gente vai falar das questões fundamentais de acordos e blocos comerciais que a gente tem ao longo de toda a questão geopolítica mundial e cultural. A gente vai falar principalmente agora nessa primeira aula o que são acordos de blocos comerciais e seu nível de integração regional, como que eles se integram regionalmente para fazer o comércio exterior. Porque todos eles são o advento da globalização. A gente viu a importância que a globalização traz na expansão mercantil, na expansão das economias, na expansão das empresas, na expansão da tecnologia, na expansão financeira, na expansão de toda a questão global. De você poder, por exemplo como eu falei, fazer PIX aqui na Europa, aqui na China, você ter acesso à tecnologia, você ter acesso à informação. Mas os países quando eles se juntam nesse movimento de globalização não vai ter período de nacionalismo como a gente vai ter recentemente, e sim de regionalismo. O que é esse regionalismo? Eles vão tentar se juntar acordos e blocos comerciais, principalmente regulados pela Organização Mundial do Comércio, para tentarem alíquotas e tarifas menores entre eles e entre os outros blocos comerciais, para buscarem melhores situações de comércio exterior e melhores situações políticas comerciais entre os próprios países. Aberturas democráticas, aberturas econômicas, uma própria moeda única como a gente vai ver na União Europeia, essa redemocratização que eu falei está muito questão do Mercosul, melhores questões de vendas no comércio internacional, como a gente vai ver o antigo Nafta e o USMCA. Mas a gente começa tentando entender como que funciona os acordos e blocos comerciais. Primeiro, desde o período da Guerra Fria, da Segunda Guerra Mundial, a gente tem acordos bilaterais e acordos multilaterais. Qual que é a diferença entre eles? É como o próprio nome diz, o acordo bilateral ele é feito entre dois países só para venda no comércio internacional. O maior exemplo que a gente tem é quando os Estados Unidos vendia para a Alemanha, para a França, para o Reino Unido no pós-guerra, que ele lucrou bastante e virou uma das maiores potências econômicas. O multilateralismo vai nascer principalmente com esse advento da globalização, onde a gente vai ter diversos países fazendo comércio entre si, não só dois, mas com mais de com três, com quatro, blocos fazendo entre si, como o Mercosul com a União Europeia mais recentemente, como o USMCA com a União Europeia, como os Estados Unidos individualmente com o Mercosul, e assim por diante. Então os blocos comerciais vão nascer de acordos de livre comércio. E o que são os acordos de livre comércio? São acordos feitos entre os países para beneficiar mutuamente ambos que estão numa situação de comércio internacional, principalmente de redução de alíquotas tarifárias. E os blocos comerciais é uma área geográfica que os países vão se juntar buscar essas tarifas cada vez menores. Então os blocos comerciais, os países vão se juntar, vão fomentar esses blocos comerciais para vocês terem acordos de livre comércio, acordos que o comércio exterior, que é a ideia fundamental do comércio internacional você não ter barreiras protecionistas como uma barreira de dumping, uma barreira de comércio internacional, que é você vender, como eu falei, a preços mais baixos no outro mercado m dia ela do que no seu próprio, do protecionismo que a antiga União Soviética tinha. Então você vai tentar buscar, e através da OMC, acordos que vocês se juntem e formem uma coisa chamada de liberalismo econômico no comércio internacional, principalmente pregado pelo Milton Friedman, o vencedor do prêmio Nobel de Economia, que fala por exemplo num grande discurso dele que mero lápis você precisa de diversos países conjunto para fazer. Você precisa do grafite que você retira de uma mina no Brasil, você precisa de uma borracha e você tira na Tailândia, você precisa da madeira pega nos Estados Unidos, então as vezes países que nem sequer são aliados fazem parte de toda essa questão de comércio internacional através dos acordos internacionais e dos blocos comerciais. Dentro desses acordos internacionais e blocos comerciais a gente vai ter as questões de níveis de integração regional, como que os países se integram regionalmente, como que é a fomentação de cada bloco comercial. Eles são seis na verdade. Alguns internacionalistas. O que são os internacionalistas? Os ligados às relações internacionais. E os economistas vão ter sétimo, que é uma questão que tem muito na África com o Franco centroafricano, que é uma modalidade da zona aduaneira, como eu vou mostrar para vocês, mas vou falar de cada deles. O primeiro é a zona de preferência tarifária, que hoje dia a gente não tem mais, hoje dia ela já é evoluída para a área de livre comércio. Vocês vão ver que cada é uma evolução do outro. A zona de preferência tarifária que a gente tinha o antigo ALADI, que vai dar movimento ao Mercosul, é uma zona onde você tem preferências de tarifas. Então você faz uma zona de comércio internacional e vai ver onde que você vai ter menores alíquotas para cada desses países. O acordo mais simples e comum é o segundo, o acordo de livre comércio que a gente tem por exemplo o Nafta e o USMCA, que é hoje dia. Porque quando você tem acordo entre três países, como é o caso três ou mais países, dois ou mais países, e no caso aqui que eu estou falando três é Estados Unidos, México e Canadá, no caso do USMCA, mas você pode fazer acordos individuais, você não precisa levar o México e o Canadá caso os Estados Unidos queiram fazer acordo com o Mercosul, caso os Estados Unidos queira fazer acordo bilateral com a Alemanha. Nesta evolução a gente vai ter a união aduaneira, que vai criar uma tarifa externa comum chamada de TEC, e o principal exemplo que a gente tem hoje no mundo é o Mercosul, e que você vai ter uma tarifa para todos os países que fazem parte do Mercosul igual. Então se algum país vier de fora ele vai comprar com uma alíquota diferente da que o Uruguai queira comprar do Brasil, ou a Argentina querer comprar o Brasil e isso a gente vai ver mais precisamente quando a gente falar do Mercosul. Mas tem uma questão importante na união aduaneira. Se na zona de livre comércio você não precisa levar os outros países, na união aduaneira você precisa levar todos os países do bloco para fazer a integração econômica do acordo comercial. A outra modalidade que eu falei onde alguns acrescentam e outros não é a unidade aduaneira e monetária. Que é você adotar uma moeda única nessa união aduaneira que é o caso do Franco centroafricano que a gente tem na África Ocidental Subsaariana. Que é você ter uma moeda única alguns países, mas não ter Banco Central único, que é a diferença que a gente tem para o Euro da União Europeia. O outro que a gente tem a evolução é o antigo Mercado Comum. Hoje dia a gente tem comunidade dos Estados Independentes como o Mercado Comum e antigamente o antigo Comunidade Económica Europeia, formada por Itália, Alemanha, França e o Benelux (Holanda, Bélgica e Luxemburgo) que protocolaram a criação da União Europeia. Então era mercado comum entre os países da Europa, ou no caso de hoje dia dos seis, dos países da antiga União Soviética que vão vender entre eles. Essa evolução se dá a união econômica. E por que é uma evolução união econômica, que é a União Européia? Você vai ter uma moeda única, você vai ter Parlamento único, você vai ter Banco Central europeu único. Então todos os países que vão fazer parte da União Europeia que estão ligados a zona do Euro vão ter uma única política macroeconômica, por exemplo, de câmbio, de taxa de juros, de inflação, de controle de inflação passando por eles. E por fim, a gente vai ter a teoria e aqui é bem na teoria porque na prática provavelmente nunca vai acontecer, que é uma evolução para a união política que seria uma união econômica total que essa união, por exemplo a União Europeia, tivesse uma união perfeita não só da economia mas da política e país ditasse todas as regras políticas dessa região europeia. Por exemplo, a Alemanha tomasse controle das questões políticas e quando fosse resolver assuntos de acordos e blocos comerciais seria pelo voto da Alemanha, pelas ações da Alemanha e assim por diante. Esse é dos motivos pelo qual o Reino Unido quis sair do Brexit, a Alemanha começou a fazer isso, não de certo modo caracterizando uma união política, mas ela começou a, digamos, colocar as manguinhas de fora e começar a tomar todas as decisões da União Europeia porque ela era o único país que não estava naquela crise de 2010 a 2012, mas hoje dia ela é tanto quanto utópica, porque nenhum país vai querer perder a soberania e isso a gente bate naquela questão de soberania para ter acordo comercial melhor. E o maior exemplo disso é que o Reino Unido, quando viu que estava começando a perder soberania, estava começando a ter espólios de crescimento exagerado da União Europeia, ela resolve sair fazendo o referendo e de certo modo essa união política ela é utópica e provavelmente nunca vai acontecer. [MÚSICA]