[MÚSICA] Estratégia: Fatores Externos. Como dissemos, existe interesse na área de estratégia estudar modelos que possam explicar a diferença de desempenho entre empresas, por que uma se desempenha melhor do que outras. As razões que explicam isso interessam aos estrategistas, porque assim eles podem justamente organizar as suas estratégias. E, classicamente, no que tange a esses aspectos do conteúdo da estratégia, a literatura, o conhecimento da área de estratégia divide dois grandes grupos: aqueles modelos que explicam desempenho superior função de aspectos externos e aqueles que explicam função de aspectos internos. Nessa aula, vamos focar então naqueles que explicam sobre a ótica dos aspectos externos. Mais especificamente selecionamos para aqui essa apresentação cinco modelos: o modelo Pestel, a análise SWOT, a análise da Indústria, a nálise de Stakeholders e a análise pela Teoria dos Jogos. Vamos ver os principais modelos citados. Primeiro, a análise Pestel, referência principal o professor Frank Aguilar, numa obra intitulada "Scanning the Business Enviroment", ele se preocupou organizar os aspectos ambientais, organizados fatores polÃticos, econômicos, tecnológicos, ambientais e legais, para facilitar a avaliação e a análise das organizações. Então, como são muitas as variáveis do ambiente e fica difÃcil entender simultâneamente, de uma forma organizada é mais fácil. Mas atenção, não é porque esse modelo para qualquer organização determina aspectos polÃticos, econômicos, tecnológicos, ambientais e legais que o ambiente das organizações é o mesmo, pelo contrário, cada organização, através dessa análise, vai entender quais são as variáveis peculiares que afetam a sua organização. Então, vamos dizer que uma variação cambial, por exemplo, do campo econômico, possa ser uma variável ambiental para uma "trading company". Por quê? Porque a variação do câmbio afeta diretamente, com grande impacto, as suas operações. Eventualmente, para uma escola primária, que não tem nenhuma indexação com moeda estrangeira, as variações cambiais simplesmente não sejam relevantes, ou seja, variação cambial é uma variável de uma "trading company", mas não é uma variável ambiental de uma escola primária. Então, cada organização, a partir desse modelo analisa as variáveis que afetam o seu desempenho. E, a partir disso, pensam na sua estratégia. Na sequência, cronologicamente, uma das principais referências do SWOT, da análise SWOT, é do professor Ansoff, apresentou isso num livro muito conhecido chamado "Corporate Strategy". O que ele fez? Ele pegou essas variáveis ambientais e procurou analisar como elas impactam nas forças e nas fraquezas de uma determinada empresa. De tal sorte, que com base nessas forças e fraquezas e, principalmente, na leitura do ambiente, a empresa pudesse desenvolver a sua estratégia. A medida que esse conhecimento de estratégia evolui, a sistematização do ambiente externo foi também evoluindo e nós chegamos, por exemplo, no modelo de cinco forças de Porter. Então, o modelo de cinco forças de Porter, ele pegou aspectos externos das organizações e sistematizou, particular, pontuou a empresa, o seu concorrente, os seus fornecedores, os seus compradores, substitutos, novos entrantes e mostrou como que essas forças caracterÃsticas de setor econômico e de uma indústria podem influenciar na empresa de tal sorte que, com base nessa visão, a empresa pudesse se posicionar relação à s forças da indústria. E daÃ, a propósito, o nome de posicionamento estratégico. E foi evoluindo. Note que, no modelo do Porter, assim como no modelo da análise SWOT, basicamente a empresa recebia essas forças e se preparava para melhor se posicionar. Com a evolução, chegamos na teoria dos Stakeholders. E para a teoria do Stakeholder, esses diversos stakeholders que podem também ser compradores, fornecedores, novos entrantes, esses stakeholder, nessa modelagem, eles não apenas influenciam, mas eles reagem à s ações da empresa, ou seja, para uma determinada estratégia, os stakeholders vão ter tipo de reação e o desempenho da empresa vai depender justamente da sua estratégia e de como os stakeholders vão interagir com a empresa. É modelo que é de mão dupla. É uma visão aonde a empresa está influenciando e sendo influenciada pelos stakeholders, não é modelo aonde apenas se analisa aquilo que vem dos stakeholders. Avançando, chegamos no modelo da Rede de Valor, baseado na Teoria dos Jogos. Já uma visão de que, olha, o desempenho da empresa depende das ações e reações, das interações com os seus diversos players, com os seus diversos oponentes. E, nesse modelo, intitulado "Value Chain", Rede de Valor, foram nomeados concorrentes, complementares, a propósito, complementares players que não consta no modelo de cinco forças do Porter, foi incremento desse modelo; compradores e fornecedores. Então, o modelo da Rede de Valor, na lógica da Teoria dos Jogos, também propõe uma forma da empresa ter desempenho superior considerando os aspectos externos. [MÚSICA]